segunda-feira, junho 23, 2025

‘Pátria armada’ e vacina: quem é o arcebispo de Aparecida e o que já falou?

- PUBLICIDADE -spot_img

O arcebispo da Arquidiocese de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, disse nesta quarta-feira (12) que é preciso combater o “dragão do ódio”, da mentira, do desemprego, da fome e da incredulidade. Sem citar nomes de candidatos nas eleições de 2022, destacou a importância do voto como exercício de cidadania.

No ano passado, uma reflexão de Dom Orlando Brandes sobre uso de armas foi interpretada como uma indireta ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O arcebispo também já se manifestou sobre temas ligados à saúde, meio ambiente e direitos humanos em outras celebrações.

Nesta quarta-feira, dom Orlando Brandes rezou uma missa no Santuário de Aparecida, no interior de São Paulo, para milhares de fiéis. A celebração, às vésperas do segundo turno das eleições, marca o dia de Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil. As declarações do arcebispo ocorrem no dia em que Bolsonaro, candidato à reeleição, visita o santuário.

Ao fim da celebração, o arcebispo de Aparecida concedeu uma entrevista à imprensa. Ao ser questionado sobre a visita de Bolsonaro, Dom Orlando disse que “seja qual for a intenção, vai ser bem recebido”.

Não posso julgar as pessoas, mas nós precisamos ter uma identidade religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos, então precisamos ser fiéis a nossa identidade católica, mas seja qual for a intenção, (ele) vai ser bem recebido.

‘Pátria amada não é armada’

Em outubro de 2021, durante a missa pelo dia de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes afirmou que o Brasil “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”. A fala foi interpretada como uma indireta ao presidente Jair Bolsonaro.

Pátria amada” é o slogan do governo do Bolsonaro, que também defende facilitar o acesso a armas e munição.

Dom Orlando ainda destacou que o país estava “enlutado” pelas milhares de mortes pela covid-19 (na época, eram 601 mil; hoje são 687 mil). O religioso ainda defendeu a vacina e a ciência. “Vacina sim, ciência sim.”.

‘Forcinha’ para trazer vacina

Dois meses depois, na Missa do Galo, realizada na véspera de Natal, o arcebispo de Aparecida pediu ao menino Jesus para fazer “uma forcinha” e ajudar a trazer vacina contra covid-19 para crianças brasileiras.

E, Menino Jesus, faça uma ‘forcinha’ para que a vacina das crianças do Brasil chegue o quanto antes. Um grande presente de Natal: a saúde de nossos filhos, crianças e netos“, disse o arcebispo.

A declaração ocorreu no momento em que o Ministério da Saúde realizava uma consulta pública sobre a vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos.

No fim do ano passado, a vacinação contra a covid-19 já estava disponível para meninos e meninas em outros países, como Chile e Estados Unidos. A imunização infantil no Brasil começou em janeiro de 2022.

Foto: Reprodução Santuário Nacional de Aparecida

- PUBLICIDADE -spot_img
- PUBLICIDADE -spot_img
RELACIONADAS
- PUBLICIDADE -spot_img